Ouço carros, passos, motos, “oi, tudo bem?” e promoções. Pessoas ao trabalho, voltando, passando, entrando, saindo e no intervalo. Ouço o silêncio dos policiais.
Ouço o estresse do dia-a-dia depositados em uma fila de Banco e idosos necessitando cada vez mais. Ouço ruídos de máquinas, ringido de portas que se abrem, que se fecham. Ouço folhas que dançam ao vento e os movimentos da blusa que me cobre.
Ouço músicas que passeiam na praça e noticiários regionais. Ouço papéis encontrando o chão e o balde do lixo em vão. Ouço crianças que correm nas lojas. Ouço bicicleta procurando seu espaço e o sinal aberto, fechado, parado. Ouço sussurros em lanchonetes, barracas, supermercados e na calçada por onde estão. Ouço a rotina.